Explosões estelares criam estrelas 'bala de canhão' que viajam a 2.000 km/s
Cientistas resolveram o mistério das anãs brancas de hiper-velocidade—remanescentes estelares que atravessam o espaço a velocidades superiores a 2.000 quilômetros por segundo, rápidas o suficiente para escapar completamente da Via Láctea.
Uma nova pesquisa liderada pela Dra. Hila Glanz do Instituto de Tecnologia Technion-Israel utilizou avançadas simulações 3D para modelar colisões entre raras anãs brancas híbridas de hélio-carbono-oxigênio.
As simulações revelam um violento processo de dupla detonação, onde a estrela mais leve é destruída enquanto a mais pesada sofre duas explosões quase simultâneas, destruindo completamente a estrela primária e lançando o remanescente sobrevivente a velocidades extraordinárias.
O modelo explica com sucesso tanto as velocidades extremas quanto as aparências incomumente quentes e luminosas das conhecidas anãs brancas de hiper-velocidade como J0546 e J0927, solucionando um enigma que intrigava astrônomos desde sua descoberta em 2018.
A descoberta oferece novos insights sobre as supernovas do Tipo Ia e sugere que essas “balas de canhão” estelares surgem de uma variedade de interações explosivas, com futuras observações devendo revelar muitos outros remanescentes em alta velocidade.
Por que isso importa?
Essa descoberta explica como as estrelas mais rápidas da nossa galáxia são criadas através de explosões estelares catastróficas, avançando nossa compreensão da violência cósmica que molda galáxias e cria elementos essenciais para a vida.